Você já se perguntou ‘Quanto custa para fazer uma planta de uma casa já pronta?’ Se você possui um imóvel e precisa da documentação técnica para regularização, reforma ou venda, este artigo é para você. Descubra os fatores que influenciam o preço e prepare-se para o processo com as informações mais importantes.”

Ter uma casa já construída sem a planta arquitetônica atualizada pode ser um desafio. Seja para regularizar o imóvel, realizar uma reforma, ou até mesmo para fins de venda, a falta dessa documentação pode gerar dores de cabeça e atrasos.

Muitos se perguntam: “Quanto custa para fazer uma planta de uma casa já pronta?”. A resposta, como em muitos serviços especializados, não é um valor fixo. Ela depende de uma série de fatores que vamos detalhar neste artigo, com o objetivo de clarear suas ideias e prepará-lo para os custos envolvidos.

Este guia foi elaborado para quem está no início da jornada, buscando entender os primeiros passos para obter a planta de sua residência. Não se trata de uma decisão de compra imediata, mas sim de uma busca por informação de qualidade para tomar a melhor decisão.

O Que É uma Planta de Casa Já Pronta e Por Que Você Precisa Dela?

Antes de falarmos sobre custos, é crucial entender o que é essa planta de casa pronta e por que ela é tão importante.

Basicamente, é o desenho técnico detalhado da sua casa, feito por um profissional habilitado (geralmente um arquiteto ou engenheiro civil). Mas não é apenas um desenho bonito; é um documento técnico que representa fielmente a edificação, suas dimensões, divisões, janelas, portas, telhado, e até mesmo a localização no terreno.

Você pode precisar dessa planta por diversos motivos, incluindo:

• Regularização do Imóvel: Muitas prefeituras exigem a planta atualizada para emissão de Habite-se, alvarás de funcionamento ou qualquer tipo de licença relacionada ao imóvel. Se a casa foi construída sem licença ou passou por reformas não aprovadas, a regularização exige a planta “como construído” (as built).
• Reformas e Ampliações: Para qualquer modificação estrutural ou de layout, a planta é o ponto de partida. Ela permite que o profissional projete as alterações de forma segura e eficiente, evitando problemas futuros.
• Venda do Imóvel: Compradores e instituições financeiras (para financiamento) frequentemente solicitam a planta baixa para verificar a metragem e a conformidade da construção.
• Segurança e Manutenção: Ter a planta facilita o planejamento de manutenções preventivas e corretivas, além de ser fundamental para a segurança em caso de emergências, pois indica a localização de sistemas hidráulicos, elétricos, etc.
• Planejamento de Mobiliário e Decoração: Embora não seja o motivo principal, ter a planta em mãos ajuda muito na hora de planejar a disposição dos móveis e a decoração, otimizando os espaços.

Fatores Que Influenciam o Custo de Fazer uma Planta de Casa Já Pronta

O custo para elaborar a planta de uma casa já construída não é tabelado e pode variar bastante. Vários elementos entram nessa equação, e compreendê-los é o primeiro passo para ter uma estimativa mais precisa.

1. Metragem Quadrada do Imóvel

Este é, sem dúvida, um dos fatores mais determinantes. Quanto maior a área construída da casa, mais tempo o profissional levará para realizar o levantamento, medir cada cômodo, parede, janela e porta. Casas com muitos metros quadrados geralmente demandam um trabalho mais extenso e, consequentemente, um custo mais elevado.

2. Complexidade da Edificação

Uma casa com um design simples, poucos recortes e um formato mais retangular tende a ser mais fácil e rápida de ser medida do que uma casa com múltiplos andares, muitas paredes curvas, telhados complexos ou várias construções anexas.

A complexidade arquitetônica exige um detalhamento maior e mais tempo de trabalho do arquiteto ou engenheiro.

3. Localização do Imóvel

Onde a casa está localizada pode influenciar o preço de duas maneiras:

• Custos de Deslocamento: Se o profissional precisar viajar uma longa distância para fazer o levantamento no local, ele pode cobrar por esse deslocamento (combustível, pedágios, tempo de viagem).
• Custo de Vida Local: Em grandes centros urbanos ou regiões com custo de vida mais elevado, os honorários profissionais tendem a ser mais altos do que em cidades menores ou áreas rurais.

4. Nível de Detalhamento da Planta Solicitada

Você precisa apenas da planta baixa simples para regularização, ou necessita de um projeto mais completo, com cortes, fachadas, planta de cobertura, e até mesmo plantas de instalações (elétrica, hidráulica)?

Quanto mais detalhes e tipos de plantas forem solicitados, maior será o trabalho e, consequentemente, o custo. Por exemplo, uma planta de casa Com 2 quartos e uma suite pode ter um nível de detalhamento diferente de uma casa com 5 quartos e múltiplas suítes.

5. Profissional Contratado (Arquiteto ou Engenheiro Civil)

Assim como em qualquer profissão, os honorários variam de acordo com a experiência, o renome e a demanda do profissional.

Um arquiteto com anos de experiência e um portfólio vasto pode cobrar mais do que um recém-formado. É importante pesquisar e comparar orçamentos, mas sempre priorizando a qualidade e a credibilidade do profissional.

6. Prazo de Entrega

Se você tem urgência na entrega da planta, o profissional pode cobrar uma taxa adicional para priorizar seu projeto, trabalhando em um prazo mais apertado.

7. Necessidade de Serviços Adicionais

Às vezes, a simples elaboração da planta não é o suficiente. Pode ser que você precise de:

• Laudo Técnico: Para comprovar a estabilidade da edificação ou a conformidade com normas específicas.
• Acompanhamento da Regularização: O profissional pode oferecer o serviço de acompanhar o processo de regularização junto à prefeitura, o que adiciona um custo, mas poupa seu tempo e evita burocracias.
• Levantamento Topográfico: Se o terreno tiver irregularidades significativas ou se a planta precisar de informações precisas sobre o nível do terreno, um levantamento topográfico pode ser necessário, adicionando um custo extra.

Como é Feito o Levantamento da Planta de uma Casa Já Pronta?

O processo de transformar uma casa existente em um projeto arquitetônico desenhado e documentado envolve algumas etapas cruciais:

1. Visita Técnica e Levantamento de Dados

O primeiro passo é a visita do arquiteto ou engenheiro ao imóvel. Durante essa visita, o profissional fará um levantamento detalhado das medidas de todos os ambientes, paredes, aberturas (janelas e portas), altura do pé-direito, e outros elementos relevantes.

Isso pode envolver o uso de trenas a laser, níveis e outras ferramentas de medição. Ele também observará a estrutura da casa, a localização de pilares e vigas, e a disposição geral dos espaços.

2. Coleta de Informações e Fotografias

Além das medidas, o profissional coletará outras informações importantes, como a localização das instalações elétricas e hidráulicas (pontos de luz, tomadas, torneiras, ralos), tipo de revestimentos, e quaisquer detalhes que possam influenciar a representação na planta.

Fotografias também são tiradas para auxiliar na fase de projeto.

3. Elaboração do Projeto em Software (CAD)

Com todas as medidas e informações em mãos, o arquiteto ou engenheiro utiliza softwares de desenho assistido por computador (CAD), como o AutoCAD ou o Revit, para desenhar a planta baixa. Nesta etapa, são representados todos os elementos, como paredes, portas, janelas, móveis fixos, e a projeção do telhado.

Dependendo do nível de detalhamento solicitado, também serão elaborados cortes, fachadas e planta de cobertura.

4. Revisão e Aprovação

Após a elaboração do projeto, o profissional apresenta a planta ao proprietário para revisão e aprovação. É fundamental que o proprietário verifique se todas as informações estão corretas e se o desenho representa fielmente a realidade da casa. Qualquer ajuste ou correção é feito nesta etapa.

5. Entrega da Documentação

Com a planta aprovada, o profissional entrega a documentação final, que pode incluir cópias impressas e arquivos digitais (geralmente em PDF e DWG, o formato de arquivo do AutoCAD).

Essa documentação estará pronta para ser utilizada para os fins desejados, seja para regularização, reforma ou venda.

Estimativa de Valores: Quanto Você Pode Esperar Gastar?

É importante ressaltar que os valores a seguir são apenas estimativas e podem variar consideravelmente. Para ter um orçamento preciso, você precisará entrar em contato com arquitetos ou engenheiros em sua região e solicitar propostas personalizadas.

• Casas Pequenas (até 80 m²): Para um levantamento e elaboração de planta baixa simples, o custo pode variar entre R$ 1.500,00 e R$ 4.000,00.
• Casas Médias (80 m² a 200 m²): O valor para este porte de casa pode ficar entre R$ 3.000,00 e R$ 8.000,00, dependendo da complexidade.
• Casas Grandes (acima de 200 m²): Para imóveis maiores e mais complexos, os custos podem começar em R$ 7.000,00 e ultrapassar os R$ 15.000,00, especialmente se houver a necessidade de múltiplos andares, estruturas complexas e projetos de instalações.

Importante: Alguns profissionais podem cobrar por metro quadrado, enquanto outros preferem um valor fechado por projeto.

A média de preço por metro quadrado para esse tipo de serviço pode variar de R$ 20,00 a R$ 80,00, mas esta é apenas uma referência muito genérica e deve ser usada com cautela.

Dicas Para Contratar um Profissional e Otimizar os Custos

Para garantir que você obtenha um bom serviço pelo preço justo, siga estas dicas:

• Pesquise e Peça Recomendações: Busque por arquitetos e engenheiros com boa reputação na sua região. Peça indicações a amigos, familiares ou em grupos de condomínios.
• Solicite Múltiplos Orçamentos: Entre em contato com pelo menos três profissionais diferentes e peça orçamentos detalhados. Compare não apenas o preço, mas o que cada proposta inclui (serviços, prazos, entregas).
• Verifique o Registro no Conselho (CAU ou CREA): Certifique-se de que o profissional está devidamente registrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) ou no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Isso garante que ele está habilitado para exercer a profissão.
• Esclareça o Escopo do Serviço: Seja muito claro sobre o que você precisa. Se for apenas a planta baixa, deixe isso explícito. Se precisar de mais detalhes, como cortes e fachadas, informe-o. Isso evita surpresas e custos extras no futuro.
• Contrato de Prestação de Serviços: Sempre, sempre formalize a contratação por meio de um contrato. O contrato deve detalhar os serviços a serem prestados, os prazos, os valores, as formas de pagamento e as responsabilidades de ambas as partes.
• Evite o “Muito Barato”: Desconfie de orçamentos excessivamente baixos. A qualidade do trabalho e a responsabilidade profissional podem ser comprometidas. Lembre-se que um bom projeto é um investimento que evita problemas futuros.
• Prepare as Informações do Imóvel: Se você tiver alguma documentação antiga da casa (mesmo que desatualizada), fotos ou informações sobre reformas passadas, compartilhe com o profissional. Isso pode agilizar o processo.

Um Investimento Necessário para a Sua Paz de Espírito

Fazer a planta de uma casa já pronta é um investimento necessário para garantir a regularização do seu imóvel, a segurança de futuras reformas e a valorização do seu patrimônio.

Embora o custo possa variar, entender os fatores que o influenciam e seguir as dicas para contratar um bom profissional o ajudará a tomar uma decisão informada e a obter a documentação que você precisa.

Não encare esse custo como um gasto, mas sim como um passo fundamental para ter total controle e conhecimento sobre o seu lar. Ao ter a planta em mãos, você estará apto a planejar o futuro da sua casa com muito mais segurança e tranquilidade.